Viajar é mergulhar no cotidiano de um lugar — e nada revela tanto sobre uma cidade quanto os seus bairros.
De Tóquio a São Paulo, de Londres a Accra, os bairros mais legais do mundo para visitar mostram como a cultura local, o senso de comunidade e a criatividade podem transformar ruas comuns em destinos imperdíveis.
Recentemente, a revista Time Out, referência global em cultura urbana e viagens, divulgou sua tradicional lista anual dos “Coolest Neighbourhoods in the World”, reunindo os 39 bairros mais legais do mundo para visitar em 2025.
A seleção é feita por editores e especialistas locais em mais de 50 cidades e leva em conta critérios como gastronomia, vida cultural, espírito comunitário, sustentabilidade e o “senso de novidade” — aquilo que faz um bairro estar no agora.
Esses lugares não são feitos de cartões-postais, mas de pessoas, cheiros, sons e histórias.
São destinos que se descobrem a pé, sem pressa, e que convidam o viajante a sentir o verdadeiro ritmo da vida local.
📚 1. Jimbōchō, Tóquio (Japão)
Em primeiro lugar no ranking, Jimbōchō, em Tóquio, é o paraíso dos amantes de livros.
São mais de 130 livrarias vintage, cafés cheios de charme e casas de curry tradicionais — uma mistura irresistível entre o retrô e o contemporâneo.
É um bairro que exala cultura, calma e história — um verdadeiro refúgio intelectual no coração da cidade mais acelerada do mundo.
🎨 2. Borgerhout, Antuérpia (Bélgica)
O Borgerhout, em Antuérpia, ocupa o segundo lugar da lista e representa o espírito criativo da Europa atual.
Um bairro multicultural, onde arte de rua, galerias independentes e feiras gastronômicas convivem lado a lado.
É o tipo de lugar que pulsa diversidade — e mostra como a convivência entre culturas pode dar vida nova a uma cidade.
🎭 3. Barra Funda, São Paulo (Brasil)
Sim, o Brasil está no pódio.
A Barra Funda, em São Paulo, foi eleita o terceiro bairro mais legal do mundo pela Time Out — e não é difícil entender o motivo.
Entre antigos galpões e fábricas, surgiram estúdios de arte, bares descolados e espaços culturais que transformaram o bairro em um polo criativo da cidade.
A Barra Funda é um retrato perfeito da alma paulistana: caótica, intensa e sempre em movimento.
🧑🎨 4. Camberwell, Londres (Reino Unido)
Com seu espírito independente e ar boêmio, o Camberwell, em Londres, ocupa o quarto lugar do ranking.
O bairro combina cafés, mercados locais e amplas áreas verdes, atraindo artistas, famílias e estudantes — um microcosmo da diversidade londrina.
🍷 5. Avondale, Chicago (EUA)
O Avondale, em Chicago, é o exemplo vivo de um bairro que se reinventa.
Antes industrial, hoje mistura bares de vinho, mercados e espaços de música.
Ele mantém o charme de suas raízes, mas com uma energia nova — e isso é exatamente o que o torna tão especial.
🛠️ 6. Mullae-dong, Seul (Coreia do Sul)
No Mullae-dong, o aço deu lugar à arte.
O antigo distrito metalúrgico virou um centro criativo, onde oficinas antigas dividem espaço com estúdios, cafés e galerias.
É um lembrete de que a reinvenção também pode ser poética.
🌇 Outros destaques que valem a viagem
- Ménilmontant (Paris) — o lado mais autêntico e boêmio da capital francesa.
- Nakatsu (Osaka) — um labirinto de becos, bares e lojinhas cheias de personalidade.
- Vallila (Helsínquia) — casinhas coloridas e uma comunidade vibrante.
- Labone (Accra) — símbolo do renascimento criativo africano, com pubs e galerias.
🇧🇷 O Brasil em dose dupla
Além da Barra Funda, o Botafogo, no Rio de Janeiro, também entrou na lista dos bairros mais legais do mundo para visitar.
Com uma vista icônica para o Pão de Açúcar e uma cena gastronômica cada vez mais efervescente, o bairro carioca representa o equilíbrio entre descontração e autenticidade — uma mistura irresistível que é a cara do Rio.
🌍 Um mapa vivo de criatividade
De Tóquio a São Paulo, esses bairros mostram que o turismo urbano está mudando.
Mais do que grandes atrações, os viajantes buscam vivências locais, encontros reais e o prazer de pertencer, ainda que por um instante.
Explorar os bairros mais legais do mundo para visitar, segundo a Time Out, é um convite para desacelerar e se deixar surpreender — com o que há de mais humano nas viagens: as conexões.
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